In the box of old letters!

Darling?! Estás ai?

Olha lá, posso fazer-te uma questão?

Sim, porque não? Quem não as faz? Todos nós as fazemos todos os dias constantemente a tantas outras pessoas que neste mundo existem.

Andas preocupado?

Não... Apenas tenho no desejo o saber que no passado existiu tal coisa. Agora não passa de um monte de crenças, mentiras e falsidades. O diz que não diz, o nunca digas isso porque acontecerá, o mal da palavra que sai da boca, acaba por ser tudo aquilo que não se queria e assim retornasse ao local que outrora era renegado e mal visto. Pena, pena é o que sinto. A realeza de descer ainda mais fundo na terra faz com que num buraco se permaneça.

Gostas de ver o fundo desse buraco?

Por favor, quem não gosta? Controlo-o mesmo sem que se saiba, um bloco parado no tempo de imune cérebro. A pena de sentir que outro sofre dá nisso mesmo, em pena, pena de poder agir e de não o fazer por... Pena.

És galinha?

Não, mas a verdade é que podia ser, pois até uma galinha tem pena. Eu para além da pena aprendi e cresci mais do que alguma vez tinha pensado. Passado e presente são boas sensações. Não desço a baixo, mantenho-me firme e certo que a verdade da existência é não só por ser mas pelo que realmente será.

Quem salvará o mundo esta noite?

Ninguém eu espero... O mundinho está lá, o momento está lá e quem quer que seja, já lá está.

Ficas satisfeito?

Por favor, quem não fica?!

Posso te fazer uma outra pergunta?

Não, agora vive a vida e deixa a preocupação rolar por ai fora, porque como dizes já não tem volta a dar e eu sinto o mesmo.